Sem nome, sem título

Ele acorda, as seis da matina, um frio danado, meio com sono, não dormiu quase nada na noite passada, é uma manhã fria de segunda feira, todos os planos são renovados, idéias novas propostas.

Olha sua cara no espelho, a mesma de todo dia, sua barba sem fazer.. Escova os dentes, põe sua lente, porque sem ela não enxerga nada, e o seu velho óculos já não faz sucesso assim. O seu pão com manteiga sem gosto, seu café amargo desce mais ou menos. Ele abre a porta, a neblina baixa, o frio doído. Ele só conseguiu só dormir as 4 da manhã, passou a madrugada conversando no msn, sua mão doía, conversas muito boas, as pessoas se abrem no silêncio da madrugada, como se abrem.

Ele se troca rápido, o dia mais frio do ano, pega suas coisas, seu chaveiro, passa o seu perfume que um dia deixou alguém senti-lo e naquele momento foi a melhor fragancia. Saí na rua, cruza os braços, indo para sua monótona escola, passa no trabalho da sua mãe e dá um beijo forte, sabe que ela está dando de tudo pra ganhar seu salário no final do mês e compras as suas coisas. Ele ta sem assunto, sem graça, sem sal, vê sua amiga loira descendo a pracinha e nem espera ela, ela nem o viu.

O som que ele é ouve é um rock internacional sem nenhuma importância, ele não sabem o que estão dizendo na letra, basta a melodia, ele pega uma carona com o carro da funerária, as vezes é bom conhecer todos porque de certa forma ele se livrou da tarefa de caminhar naquele frio.

Chega a escola, as meninas falam do fim de semana com seus namoradinhos, para ele aquilo que elas falam com seus olhinhos brilhando de felicidade, pra ele não se passa de idiotice. Ele não sabe porque está assim, talvez ele queira amar, talvez ele se cansou de ser amante, talvez ele não sabe o que ele pode ser quando crescer. Talvez ele queria ir dirigir sem rumo, conhecer pessoas novas; talvez ele não quisesse ser músico, talvez fosse mais fácil ter nascido numa família com grana, talvez fosse mais dificil ter nascido mais pobre.

O fato é que não se podem mudar os fatos.