Das madrugadas nos sabemos de ir e vir..

sábado, 26 de junho de 2010

Uma sexta feira fria e de lua cheia


Pra que eu vou em uma festa em uma cidade menor, que eu conheço todo mundo e assistir uma porcaria de show que eu não gosto? Não, eu vou pra uma cidade que não conheço todo mundo e o show me agrada. Assim fui, Fiestinha a 80 por hora, e assim chegamos lá, estacionamos tudo certo, a companhia? Meu velho pai. Gosto de andar com ele, nós somos mais que pai e filho, com ele posso falar o que "quiser" e ele me entende, é meio chato as vezes, mas ta pra nascer alguém tão companheiro assim, aliás, a maioria das pessoas da minha idade tem vergonha dos pais, eu não, tenho orgulho.
Chegamos, o ônibus da banda esta descarregando os instrumentos, a dupla? Maida e Marcelo, lá de Goías, andaram 15 horas de viagem para chegar no show. Algumas pessoas conhecidas, velhos amigos, novas amizades, enfim, estou em casa.
Subimos para o palco, esperando os dois chegar, de repente do nada me sobe as escadas uma loira e passa a minha frente. Mas, espera ai. Será que ela? Só podia ser, aqueles cabelos loiros eu conheceria em qualquer lugar. Mas, o que ela está fazendo em Martins Soares? Naqueles segundos eu gastei muitos neurônios pensando se era ou não ela.
Respiro fundo e vou ao seu encontro, entro na sua frente, lhe cutuco e ela para. Olha pra mim, eu olho fundo em seus olhos e ela nos meus - Ali sim, se passaram mais tempo ainda, ela fala:
- Espera ai, num é possível que seja você! Não é possível.
Eu sem falar nada espero. De repente alguém diz:
- É ele sim, Thiago do Acordeon.
Ela me abraça forte, como se naquele abraço tudo o que sentimos um do outro se unisse. Nos olhamos forte, rolou o clima e nos beijamos. Pensa na cena, em cima do palco, atrás das cortinas, todos nos olhando. Meu pai chega, meio sem graça, cumprimenta ela e tudo certo.
Nesse mesmo tempo, a dupla chega, nos atendem no Camarim ( o povo da foto ai), ela bate as fotos. Descemos, ficamos juntos, o show começa, e do mesmo jeito que entrou inesperadamente na minha vida, nos cruzamos ali, e se foi. Foi bom, pois relações longas se desgastam, bom foi assim.
O show acaba, voltamos pra casa felizes, porque estivemos com quem queríamos estar, e eu ganhei uma surpresa muito boa.
"Foi bom amor de sexta feira, amor que não é para a vida inteira"

Bom sábado, e hoje é dia de show. Me desejem sorte.

Isso é mais uma prova de que nunca temos controle da nossa vida e do nosso destino.

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